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Jurista são-tomense, Jonas Gentil publica estudo científico

sobre “São Tomé e Príncipe e o Estatuto de Roma”

http://stp-press.st/

Por : Ricardo Neto,

São-Tomé, 28 Abr – O jurista são-tomense, Jonas Gentil, professor da Universidade Lusíada de São Tomé acaba de publicar, um estudo cientifico intitulado “São Tomé e Príncipe e o Estatuto do Tribunal Penal Internacional” , em co-autoria com um jovem promissor, J. Jhúnior de Ceita, jurista a que o autor coordenou a tese de mestrado em matéria petrolífera.

Dois anos após o lançamento da “Extradição de Nacionais na CPLP: Perspetiva Histórica e Estado Atual”, Jonas Gentil, nesta nova obra em co-autoria com Jhuúnior de Ceita, defende que o Estado São-tomense não deve temer a ratificação do Estatuto de Roma, tendo argumentado que para o efeito é necessário ter em atenção as disposições constitucionais que possam eventualmente vir a colidir com o referido Estatuto.

Os autores para além de enquadrarem o contexto histórico da criação do Tribunal Penal Internacional tendo em vista os seus antecessores ad hoc e especiais, procedem a uma análise rigorosa da instituição tendo em conta as suas características, competências e funções, bem assim como a confrontação do mesmo à luz dos preceitos Constitucionais vigentes em São Tomé e Príncipe.

 Como se pode ler no estudo, “A análise visa patentear as particularidades constitucionais que, permanecendo vigentes, impossibilitou e vem impossibilitando a ratificação do instrumento jurídico internacional, como os casos da soberania nacional, pena de prisão perpétua, extradição de nacionais e, imunidades e outras prerrogativas dos titulares de cargos políticos…”.

Os autores invocam ainda nos argumentos “os preceitos constitucionais que tratam da questão relativa à receção do Direito Internacional Convencional, mormente, a forma de transposição e sua posição hierárquica na ordem jurídica São-tomense e as suas respetivas implicações jurídicas.

A par disso, é clarificado as diversas posições assumidas por diversos Estados juridicamente próximos e como foram desbravando os complexos problemas que as suas constituições lhes impunham nesta matéria, assim como as posições públicas dos diversos atores políticos e instituições democráticas da República Democrática de São Tomé e Príncipe sobre este dossiê, explicando também os dissensos entre elas.

A partir disto, se propõe uma via alternativa que, se julga, deve o país (as autoridades) prosseguir para que, de forma descomplexada e sem qualquer temor e tabu, se crie condições constitucionais para que, juridicamente, a ratificação deste importante instrumento do direito penal internacional possa constituir uma possibilidade.

A este propósito, se avança com eventuais soluções que poderão permitir uma melhor harmonização entre o Estatuto do TPI e a Constituição as quais o legislador nacional poderá seguir com vista a solucionar o problema analisado.”

Empenhado no progresso da investigação jurídica em São Tomé e Príncipe, o autor, que é fundador e presidente do Instituto do Direito e Cidadania de São Tomé e Príncipe, revela ainda que numa altura em que se fala tanto da reforma da justiça a nível nacional, manifesta-se relevante que estudos desta natureza estejam disponíveis à comunidade e, em particular, aos atores jurídicos nacionais, para tenham instrumentos/doutrina nacional por forma a que melhor possam defender as suas causas.

Com o Instituto recentemente criado, os autores pretendem essencialmente promover a investigação científica a nível nacional e, para esse efeito, o Instituto já conta com a colaboração da Faculdade de Direito da Universidade Nova De Lisboa, do Instituto de Direito de Língua Portuguesa e do Centro de Investigação e Desenvolvimento sobre Direito e Sociedade.

Garante o autor que este trabalho, um estudo de sensivelmente oitenta páginas, não seria possível sem a colaboração, entre outros, do então Ministro da Justiça, Roberto Raposo, do Procurador-Geral da República, Frederique Samba, do Procurador Adjunto Kelve Nobre de Carvalho, do Professor Catedrático Jorge Bacelar Gouveia, do Professor Doutor Francisco Pereira Coutinho e do Professor Doutor Nuno Piçarra.

A obra de investigação científica, que já tinha sido objecto de uma pré-apresentação no HOTEL Praia, aquando da realização do IV CONDILP (IV Congresso de Direito de Língua Portuguesa) em Outubro de 2015, vem agora publicada na Revista REDILP, revista jurídica do Instituto de Direito de Língua portuguesa, Instituto da qual fazem parte dois cidadãos são-tomenses, nomeadamente, o próprio Jonas Gentil e o Magistrado Silvestre da Fonseca Leite.

 O estudo recentemente publicado pode ser consultado na revista científica REDILP N.º 6 (julho/dezembro de 2015, pp. 33-106) já disponível nas livrarias e bibliotecas da Universidades para pesquisadores, comunidade académica, atores de direito e comunidade geral.

Fim/RN

 

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