Patrice
Trovoada, o maior
estratega político
da atualidade
são-tomense

Texto: Ricardo Neto
***** Foto: Lourenço da
Sila
São-Tomé, 29, Agost (STP-Press)
– O líder máximo do
partido são-tomense ADI,
Patrice Trovoada,
conseguiu, nos últimos
anos, conquistar três
dos quatro poderes
constitucionais da
República de São-Tomé e
Príncipe,
designadamente, o poder
executivo, o legislativo
e o de Presidente da
República, tornando-se,
sem dúvidas, o maior
estratega político, da
actualidade, no
arquipélago.
O poder presidencial de
Evaristo Carvalho a
consumar-se sábado com o
acto de posse na
histórica Praça da
Independência coloca o
presidente do ADI,
Patrice Trovoada, que
exerce também as funções
de primeiro-ministro,
como o político, mais
poderoso da República,
de acordo com o artigo
68º da constituição
são-tomense.
Diz o supracitado artigo
constitucional
são-tomense que “ são
órgãos de soberania: a)
Presidente da República,
b) Assembleia Nacional
c) Governo, d)
Tribunais”.
Numa estratégia política
de se lhe tirar o
chapéu, o líder do ADI,
além de chefiar a
governação do País,
dispõe de uma maioria de
33 dos 55 deputados do
parlamento, tendo
conseguido agora erguer
o seu “homem de
confiança” (Evaristo
Carvalho) para o cargo
de Presidente da
República. Um mérito
político de Trovoada, se
olharmos para ainda para
o já citado da
constituição
são-tomense.

Os poderes conquistados,
por sufrágio popular,
pelo Patrice Trovoada
resultam, sem dúvidas,
das estratégias
políticas, sabiamente,
montadas desde da queda
do seu governo de
maioria simples em 2012,
derrubado
“parlamentalmente” por
uma moção de censura
arquitetada pelos seus
adversários de sempre,
da Troika,
designadamente, o
MLSTP-PSD, PCD e o
MDFM-PC com a apoiada
“sentença” ditada na
altura pelo Presidente,
Manuel Pinto da Costa.
Dois anos depois da
queda, Trovoada regressa
em peso nas legislativas
de 2014, surpreendendo
tudo e todos, sobretudo,
os seus adversários, a
Troika de sempre, com
uma maioria parlamentar
de 33 deputados, numa
estratégia política
virada para combate a
corrupção, melhoria de
condições de vida a
população, dando até ao
luxo de anunciar um
preço acessível para
arroz do Japão, a
internet gratuito bem
como polidesportivos
para a juventude, dentre
outras estratégias que
marcaram um período
eleitoral de auge.
Assumindo, a chefia da
governação, na base do
popular orçamento do
cidadão, o líder do ADI
virou-se para as
questões básicas do
País, em cumprimento as
suas promessas
eleitorais de 2012, com
realce para os sectores
da saúde, educação,
energia, estrada e água,
sob lema de se tratar de
um governo preocupado,
especialmente, com “o
povo pequeno e a
juventude”.
Numa
estratégia de governação
fora do gabinete,
percorrendo por várias
zonas rurais do País, de
distritos em distritos,
sobretudo na colocação
de luz elétrica, água
potável e estradas,
Patrice Trovoada viu sua
popularidade a subir
vertiginosamente, ao
ponto de conseguir levar
ao colo o seu candidato
presidencial, Evaristo
Carvalho ao cadeirão do
palácio cor-de-rosa,
consumando um clima
político de estabilidade
governativa no
arquipélago.
Apesar dos ataques da
oposição,
designadamente, o
MLSTP-PSD, o PCD e o
MDFL-PL e do próprio o
presidente Pinto da
Costa, o líder do ADI,
nas vestes de
primeiro-ministro
conseguiu, facilmente,
passar a sua mensagem
política a população,
sobretudo, em termos de
continuidade das suas
acções governativas em
prol de “um São-Tomé e
Príncipe melhor para
todos”.
Falando das estratégias
do líder do ADI, há os
que se recorrem ao velho
ditado que “ filho de
peixe sabe nadar”
fazendo sempre recordar
que Patrice Trovoada é
filho de Miguel
Trovoada, o antigo
Presidente da República
são-tomense (1991-2001),
outro “granda estratega”
da política são-tomense,
e já considerado “ um
dos sábios” do
continente africano. E
se o filho seguir ao
pai, também, já estará a
caminho de “estratega”
ao “sábio”.
Fim/Ricardo Neto |