Jornal Visão de Sábado - Seu Jornal Electrónico de Preferência

Página Principal

Política

Sociedade

Economia

Desporto

Saúde

Cultura

Entrevista

Contacto

Editorial

Ficha Técnica

 
 


 

Interpol não é completa sem a

participação de Taiwan


Liu Po-liang
Comissário
Direcção de Investigação Criminal, Agência Nacional de Polícia
República da China (Taiwan)
27 de Outubro de 2016

A crescente internacionalização sublinha a necessidade urgente do envolvimento de Taiwan na luta mundial contra crime transnacional.

A pesquisa da “InterNations Expat Insider 2016” com mais de 14.000 expatriados, classificou Taiwan como o melhor destino do mundo. 34% de estrangeiros resididos em Taiwan estão extremamente satisfeitos com o seu ambiente de trabalho, mais do que o dobro do rácio médio mundial. Com uma população de 23 milhões, Taiwan é um ponto central de transportes e um importante centro económico e comercial na região de Ásia-Pacífico. Em 2014, foi listada em 2º lugar entre os top-10 países mais seguros do mundo. A fim de manter um elevado nível de segurança pública numa altura em que o cibercrime e o terrorismo continuam a espalhar-se, é imperativo para Taiwan participar na Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) e trabalhar em conjunto com as agências de aplicação da lei em todo o mundo.

Ausência de Taiwan na Interpol afeta a segurança global.

Taiwan tornou-se membro da Interpol em 1961 mas foi forçado a retirar-se em 1984 devido a fatores políticos. A exclusão de Taiwan da Interpol, negando de facto o acesso oportuno a informações-chave, de participar em seminários e formações, cria uma importante lacuna na rede de segurança e contraterrorismo global.

 

Taiwan requer assistência da Interpol, enquanto Interpol requer Taiwan para garantir uma rede de segurança abrangente.

Taiwan está pronto e disposto a participar nos esforços policiais globais de combate ao crime. Desde 2009, agências policiais taiwanesas têm colaborado com os seus homólogos estrangeiros para resolver 235 casos e prender mais de 12.000 suspeitos envolvidos em fraude organizada, bem como o tráfico transnacional de drogas e pessoas e crianças.

Apesar da polícia taiwanêsa não poupar esforços no combate ao crime transnacional, os seus pedidos de assistência da Interpol tiveram pouco apoios, que se reflete no fato de que foi recebida uma resposta apenas em 27 dos 90 pedidos feitos nos primeiros nove meses de 2016.

Em um mundo moldado pela globalização, a rede de segurança internacional que não inclui Taiwan, inevitavelmente, leva a custos de aplicação da lei mais elevados para todas as partes envolvidas. Por exemplo, depois da polícia taiwanesa ter resolvido o assalto ATM de US$ 2,2 milhões perpetrado no país por 22 cidadãos estrangeiros em Julho de 2016, fizeram as nações europeias altamente interessadas e convidaram a Direcção de Investigação Criminal para discutir o caso numa reunião especial convocada pelos Serviços da Polícia Europeia. A conclusão é que sem mecanismo apropriado, a polícia taiwanesa não foi capaz de compartilhar atempadamente as informações de que havia descoberto mais suspeitos de escalas superiores do anel de crime, e nem eles foram capazes de obter acesso à conhecimentos que precisavam.

Como o crime não está mais sujeito a condicionalismos geográficos, a exclusão de Taiwan da Interpol cria uma importante lacuna na prevenção da criminalidade internacional, tornando-se um motivo de preocupação para os países de todo mundo.

 

A política não deve sobrepor-se à segurança pública; apoiem a participação de Taiwan na Interpol como observador.

A polícia taiwanesa que faz parte da comunidade da polícia global, tem a obrigação, responsabilidade, boa vontade e capacidade de participar na Interpol e trabalhar em conjunto com outras forças policiais ao redor do mundo.

Taiwan está disposto a participar na Assembléia Geral da Interpol como observador. Embora a participação neste evento não implicasse a intercâmbios directos de informações nem acesso a bases de dados de crimes, a participação de Taiwan em reuniões e eventos facilitaria a interação e compensaria a atual falta de troca de conhecimentos. Isso poderia servir como um passo inicial para satisfazer as necessidades básicas para a cooperação policial transnacional, sem tocar em questões políticas.

Combate ao crime é missão e responsabilidade da polícia. Como policiais, devemos transcender as diferenças geográficas, étnicas e políticas, para que a comunidade policial global possa trabalhar em conjunto para garantir a justiça social. Encorajamos a falar por Taiwan em ocasiões relevantes e apoiar a sua participação na Interpol.

 

http://www.phbeauty.com.br/wp-content/uploads/2015/06/

 

 

 

 

 

Publicidades

   

 

 

Notícias e entrevista em áudio

 

 

 

© Todas as matérias poderão ser reproduzidas desde que citada a fonte