Um acordo militar
assinado ao bordo
do navio de guerra

Texto: Ricardo Neto
***** Foto: Lourenço
Silva
São-Tomé, 22 Nov. –
São-Tomé e Príncipe e
Portugal assinaram na
última quinta-feira um
protocolo de estratégia
militar, em plenas nas
aguas marítimas
são-tomenses ao bordo do
navio de guerra
português, que recebeu
na tarde do mesmo dia a
visita do ministro luso
da Defesa, Azeredo Lopes
acompanhado do seu
homologo são-tomense,
Arlindo Ramos, numa
viagem em que a
STP-Press foi,
gentilmente, convidada a
participar.
Partindo do cais das
alfândegas de São-Tomé,
através da embarcação
são-tomense, Pixe Ndala
até ao navio de guerra
português, o Almirante
Gago Coutinho, A-523, a
viagem esteve enquadra
no programa de visita do
ministro da Defesa,
Azeredo Lopes que se
encontrava há pouco
menos de uma semana no
arquipélago, onde
reforçou a cooperação
técnico militar com
São-Tomé e Príncipe,
essencialmente, nas
áreas de formação de
quadros, assistência
técnica e fornecimento
de materiais.

Já ao bordo do navio
Almirante A-523, um
acordo militar que visa
contribuir para
formulação de uma
estratégia marítima
comum a nível da CPLP,
foi assinado pelo
assinado pelo comandante
da Guarda- Costeira de
São Tomé e Príncipe,
Idalécio João e pelo
Contra Almirante do
navio da Marinha
Portuguesa, Gouveia e
Melo.
Apelidado de “Protocolo
de Intenções de Adesão
ao Fórum do Mar dos
Países da CPLP”, o
Contra-Almirante,
Gouveia e Melo disse a
STP-Press que o
documento tem como pano
de fundo a promoção do
diálogo da cooperação e
a partilha de
experiências entre os
organismos que no seio
da CPLP, podem
contribuir para a
estratégia marítima
comum.

Tendo em conta a
iniciativa de São-Tomé e
Príncipe ao Mar aberto,
o Contra-Almirante
defendeu a importância
do protocolo sobretudo
numa perspectiva de
maior segurança e
controlo das águas
territoriais
são-tomenses “ muito
ricas em recursos
marinhos” básicos para o
desenvolvimento de uma
economia sustentável num
País, situado no Golfo
da Guiné, região que
muito cobiçada pelos
malfeitores do
contrabando, pirataria,
terrorismo e outros
actos ilícitos.

Durante a conversa com
STP-Press, Gouveia e
Melo destacou a
relevância do trabalho
técnico militar que a
marinha portuguesa tem
executado em parceria
com a Guarda Costeira
são-tomense, para depois
anunciar para breve a
conclusão da
actualização das cartas
náuticas do arquipélago,
tendo sublinhado que a
elaboração dessa carta
jogará um “papel de
extrema importante na
atração de investimentos
estrangeiros para o mar
são-tomense”,
argumentando depois que
“ninguém quer navegar
num espaço inseguro.”
Depois de visita de proa
a popa do barco de
guerra luso A-523,
acompanhada de
explicações sobre as
várias operações
militares realizadas nas
aguas marítimas
são-tomenses, o regresso
a terra foi novamente da
embarcação são-tomense,
Pixe Ndala que chegou ao
porto de São-Tomé, já
com a caída noite, mas
com muito luz dos cais a
selar o reforço da
cooperação militar entre
São-Tomé e Príncipe e
Portugal, numa
perpectiva do
desenvolvimento da
economia do mar.
Fim |