Ministro da
Justiça
pediu
demissão do
cargo
São-Tomé, 02
Fev. - O
ministro
são-tomense
das Justiça
e dos
Direitos
Humanos,
Roberto
Raposo,
pediu o seu
afastamento
do cargo,
após uma
audição
parlamentar
em que teceu
duras
críticas e
acusações
contra
juízes e
magistrados
e os
tribunais e
Ministério
Público.
"Venho por
este meio
informar que
decidi hoje,
01 de
fevereiro de
2016, pôr à
disposição
de sua
excelência o
primeiro-ministro
e chefe do
governo o
meu cargo de
ministro da
Justiça e
dos Direitos
Humanos", lê
num
comunicado
divulgado na
noite de
segunda-feira.
Roberto
Raposo foi
convocado
por uma
comissão
especializada
da
assembleia
nacional
para abordar
a questão do
aumento da
criminalidade
no país,
particularmente
relacionados
com a
criminalidade
e durante
audição
acusou os
tribunais e
o Ministério
Público (MP)
de serem
"instituições
com um bando
de
incompetentes".
"Eles são os
verdadeiros
culpados
desta
situação.
São os
magistrados
os
responsáveis
em primeira
linha por
esta
situação",
disse o
ministro,
salientando
que "o país
tem boas
leis", mas
que o
problema
está em quem
as aplica.
As
declarações
do ministro
foram
gravadas e
postas a
circular num
órgão de
imprensa
privado.
Roberto
Raposo
reconheceu
que essas
declarações,
"tornadas
públicos
assim e fora
do contexto,
podem ter
causado
mau-estar no
relacionamento
institucional
entre o
Governo e os
tribunais,
contrariando
assim o
quadro de
referência
dos
objetivos do
Governo e de
sua
excelência o
primeiro-ministro
em matéria
de reforma
da Justiça".
O político
considerou
ainda no
comunicado
que as
gravações
das suas
declarações
foram
obtidas de
"forma
fraudulenta",
com "único
objetivo de
exploração
politica e
de ofensa a
pessoas e
instituições".
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