Presidente
inaugura
estátua do
Rei Amador,
a figura
emblemática
da história
são-tomense
São-Tomé,
04 Nov. 2018
–
Rei Amador,
a figura
emblemática
da história
são-tomense,
conta a
partir de
hoje com uma
estátua em
grande
dimensão no
centro da
capital de
São-Tomé,
inaugurada
está manhã
pelo
Presidente
da
República,
Evaristo
Carvalho,
numa
iniciativa
liderada por
ministro da
Cultura
Olinto Daio,
e executada
por artistas
são-tomenses.
Erguida no
centro da
Praça da
Cultura,
defronte ao
Cimena
Marcelo de
Veiga, a
estátua com
cerca de
três metros
da altura,
retrata a
figura do
Rei Amador,
o
considerado
percursor da
luta de
libertação
por ter
liderado a
histórica
revolta de
escravos em
1595 na
tentativa de
libertar as
ilhas do
regime
colonial e
pôr fim ao
trabalho
escravo nas
plantações
de cana do
açúcar.
“ A tocha na
mão esquerda
do Rei
Amador
simboliza o
incendiar
dos engenhos
do açúcar
num sinal de
resistência
ao
colonialismo”
– disse o
arquiteto
Cicéro
Narciso, que
projetou a
obra, tendo
acrescentado
que “ o
machim na
outra mão
significa o
material de
trabalho na
roça e
também sua
arma de
defesa”.
Com a
inauguração
desta
estátua
significa
que “ o
passado não
está morto e
enterrado,
de facto nem
sequer é o
passado”
disse o
ministro da
Cultura,
Olinto Daio
citando o
pensador
William
Faulkner.
Para Olindo
Daio a
inauguração
da estátua
do Rei
Amador, o
percursor da
luta pela
libertação,
acontece num
momento em
que o povo
são-tomense
tem fome de
uma mensagem
de unidade”,
numa clara
alusão ao
período pôs
eleitoral
que se vive
no País.
“ Queremos
que cada
cidadão
ultrapasse
de ver a
realidade
através da
sua lente
partidária e
que juntos
continuemos
a marcha de
aqueles que
nos
antecederam”
disse Daio,
tendo
acrescentado
tratar-se de
“ uma marcha
por um São
Tomé e
Príncipe
livre, justo
e próspero”.
Tendo-se
referido
vozes
criticas por
causa da cor
branca da
estátua bem
como pelo
facto da
inauguração
não ter
acontecido
no dia 04 de
Janeiro,
data em
homenagem ao
Rei, o
ministro
Daio disse
que “ desta
vez não
vamos
responder
estas
questões”
sublinhando
que “ desta
vez queremos
falar da
aquilo que
nos une”.
“ A unidade
é o pilar
fundamental
para
garantirmos
a
prosperidade
do País”, –
acrescentou
o ministro
da Educação,
Cultura,
Ciência e
Comunicação,
neste evento
que contou
com várias
entidades
públicas do
País,
representantes
diplomáticos,
estudantes e
elementos da
população.
Segundo um
documento do
arquivo
histórico de
São Tomé e
Príncipe,
Rei Amador
“Viera”,
considerado
rei dos
Angolares
(escravos
vindos de
Angola) terá
sido preso e
morto em
1596, por
ações
anticoloniais.
São Tomé e
Príncipe
conseguiu a
independência
em 12 Julho
de 1975, na
sequência da
saída dos
colonos
portugueses,
já em plena
era da
produção do
cacau que
sucedeu ao
ciclo de
cana do
açúcar
(1470- 180).
Fim/RN
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